Nota de repúdio aos ataques cometidos contra os terreiros de umbanda e candomblé, em Nova Iguaçu
A Assembleia Geral de Docentes da UFRRJ vem a público manifestar seu repúdio às violências cometidas contra guias espirituais, yalorixás, babalorixás, bem como todos demais cargos religiosos em terreiros de umbanda e candomblé. Assistimos com perplexidade a maneira como traficantes invadiram espaços de fé de matrizes africanas, impondo com armas e ameaças a destruição do sagrado destas religiões.
Embora sejamos uma entidade laica, é sabido que a violência contra as religiões de matrizes africanas e ameríndias tem aumentado, não somente no Brasil, como nas demais nações latino-americanas, o que demanda posicionamento crítico de entidades sobre o fato. Ainda mais quando se reconhece que essas religiões são praticadas majoritariamente pela classe trabalhadora. Nesse sentido, recentemente aprovamos apoio financeiro, também por assembléia, em 31/08/2017, para a realização do projeto audiovisual “Libertem o Nosso Sagrado”, referente ao modo para com a Polícia Civil do Rio de Janeiro tem tratado os símbolos de umbanda e candomblé. Em Nova Iguaçu, houve dois ataques registrados pelos próprios agressores, que, adotando uma retórica comum em algumas denominações evangélicas, exigiam que se destruíssem os altares, imagens e guias do sagrado de umbanda e candomblé.
Entendemos que a violência cometida por esses traficantes não reflete o que majoritariamente se professa no cristianismo protestante, embora saibamos que a proximidade de certos segmentos evangélicos com traficantes impõe por diversas vezes riscos aos seguidores e aos espaços de umbanda e candomblé. Não esquecemos também que esse tipo de crime navega sobre o racismo estrutural em nosso país, onde a população afrodescendente é a mais vitimada. A crescente desses ataques exige que o poder público tome medidas para por fim à violência física e garanta a liberdade de culto, sobretudo em regiões periféricas do Rio de Janeiro. Como comunidade docente organizada na Baixada Fluminense, a ADUR-RJ, por decisão de assembleia, manifesta seu veemente repúdio aos ataques divulgados pelas mídias sociais em Nova Iguaçu, colocando-se à disposição dos movimentos sociais para a difusão de debates sobre o tema.
ADUR-RJ, seção sindical do ANDES-SN
Filiada à CSP CONLUTAS
Seropédica, 14 de setembro de 2017
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